Cassiano, Eu Conto?

Primeiro Conto
Parte Cinco


- Minha vida não tem sentindo moço, sei que sou jovem, bem educada e estudada, e boa família, Mas brincaram com minha pessoa e não posso perdoar.
Apaixonei-me por uma rapaz loiro, lindo de viver, musculoso, alto, 22 anos, um tesão. Sabia que era um amor platônico, não acreditava que ele fosse se apaixonar por mim. Passeando na rua onde moro, cruzei com ele e pareceu-me que ele sentia algo por mim. Nunca contei à ninguém. Olhou fixo meu corpo, admirando-o e disse palavras amorosas que fariam qualquer mulher cair aos seus pés. Não cai. Mas o evitável aconteceu, me pediu em namoro.
Quando a gente ama, sonha tanto que acabamos esquecendo da vida e criamos um mundo paralelo. Foi o que eu fiz. Ao dizer ' sim ' para ele, recebi meu primeiro beijo- que durou uma eternidade para mim- senti que flutuava, que era leve como as nuvens e o meu mundo começava a se transformar.
Não pense, o senhor, que eu gostava dele só por causa de sua beleza, embora conte um pouco, mas eu via nele algo que me tocava o coração, sei lá como explicar moço, um sentimento muito confortante, era ótimo. Fomos os conhecendo, passeando e beijando aos longos dos dias seguintes. Como era bom beija-lo! Cada beijo que recebia de seus lábios faziam meu coração pulsar mais rápido. Meu príncipe, me beijava.
Por eu ser um pouco mais jovem que ele, não via a hora dele me levar para cama e tirar o que Deus me deu de sagrado. Ele mais velho, deveria ter experiência e saberia como satisfazer em carícias sua princesa.
Nos amamos por tanto tempo que ansiei e quase implorei ' a cama '. Ele talvez estivesse esperando meu pedido, mas não. Nunca em dois anos de namoro, transei com ele. Também quis saber o motivo, já que queria me entregar a ele, então, perguntei se ele não queria nada comigo, queria saber a razão pela qual ele não transava comigo, se tinha outra mulher, levei um choque.
Ele foi bruto e estúpído, só faltou um tapa na minha cara e o céu transformou-se no inferno em questão de segundos.Não sei o que levou aquele rapaz a tal, não perguntei ou pedi nada que uma mulher, depois de dois anos de relacionamento sem sexo, não o fizesse. Ele acabou comigo, não só o namoro, mas pscicologicamente, dizendo absurdos... Hoje faz uma semana do ocorrido, moço, e o desprezo dele, não por ter recusado a transa, mas por ter dito a todos do bairro que eu era uma garota de vida fácil, que ficava com as pessoas pelo sexo. Todos passaram a me olhar de lado, com expressões de raiva e nojo, não entendo o motivo, sempre fui uma moça correta, bastou apenas um comentário para que tudo mudasse.

Quando finalizou, dei meu ombro à ela e consolei, mais tarde a levei em sua casa, expliquei aos pais do ocorrido. Acharam melhor mudar de cidade.
Eu quis ajudar, mas eles acharam melhor a mudança.
Não pense leitor, que foi fácil para Ferraz contar seu drama, soluçava constantemente e chorava, mas o fez.
Também não quis transformar um sentimento de amor, como o dela, numa história de um livro, não preciso disso. O que mais me surpreendeu foi o fato das pessoas não acreditarem em Ferraz. Mesmo que você tenha uma vida inteira de honestidade, basta uma única afirmação de alguém ' semi-conhecido ' e pronto, tudo vem à baixo.
Fui atrás de outra história. Mas não esquecerei e peço que vocês façam o mesmo, de Ferraz, se vissem seus olhos e seu rosto encantaria-se-ia com tal semblante.
Vou dormir e amanhã continuo, talvez mude o curso que venho seguindo da história e o surpreenda, ou continuareu a tragetória como fiz até aqui. Mas uma coisa e certa! Contarei sim, contarei o acidente por mim sofrido, mesmo que isso me traga mais dor. Não fui eu. Boa noite Cassiano!

Por Danilo da Silva

Parte 6

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